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ARTIGOS 

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Doença das artérias carótidas: uma das principais causas de AVC

Por Dra. Laís Palitot M.C. Carmo

Angiologista e Cirurgiã Vascular

As artérias carótidas, juntamente com as artérias vertebrais, localizadas no pescoço, fornecem o fluxo sanguíneo para o cérebro. A obstrução dessas artérias causará o acidente vascular cerebral (“derrame”). Dentre os tipos de AVC, o mais freqüente é o embólico, e ocorre de duas formas: na primeira, um fragmento de sangue coagulado se forma no coração (êmbolo) e viaja pelos vasos sanguíneos até o cérebro. Na segunda, uma placa de aterosclerose se forma na artéria e eventualmente se rompe, lançando fragmentos de sangue coagulado, cálcio e colesterol na direção dos vasos cerebrais.  Em ambas situações, os fragmentos e êmbolos obstruem uma ou mais artérias do cérebro, que sem receber sangue, sofre a morte de parte de suas células.


A estenose (estreitamento) das artérias carótidas ocorre pela formação da chamada placa de ateroma. fazendo com que o espaço para a passagem do sangue fique cada vez mais estreito,  podendo chegar à obstrução (entupimento) total. Nas artérias carótidas, porém, existe ainda um componente mais grave: a força da passagem do sangue pode romper a placa de aterosclerose, fazendo com que seus detritos alcancem a circulação cerebral e provoquem o derrame.

A doença carotídea é traiçoeira: pode passar desapercebida por vários anos, e o seu primeiro sintoma pode ser justamente o AVC 

O exame inicial para confirmação da doença carotídea é o ultrassom-Doppler.
 

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Trombose Venosa Profunda (TVP)

Por Dra. Laís Palitot M.C. Carmo

Angiologista e Cirurgiã Vascular

A trombose venosa, por definição, é a presença de um coágulo dentro de uma veia. Pode ser superficial, quando o coágulo está em uma veia no subcutâneo (embaixo da pele) ou profunda quando a veia acometida está no meio dos músculos das pernas, dentro da barriga ou outros órgãos.  O local profundo mais acometido são as pernas e o superficial os braços. Estima-se que cerca de 180.000 novos casos de trombose venosa surgem no Brasil a cada ano. É uma patologia mais freqüente em pessoas portadoras de certas condições predisponentes - uso de anticoncepcionais ou tratamento hormonal, tabagismo, presença de varizes, pacientes com insuficiência cardíaca, tumores malignos, obesidade ou a história prévia de trombose venosa.
 Outras situações são importantes no desencadeamento da trombose: cirurgias de médio e grande portes, infecções graves, traumatismo, a fase final da gestação e o puerpério (pós-parto) e qualquer outra situação que obrigue a uma imobilização prolongada (paralisias, infarto agudo do miocárdio, viagens aéreas longas, etc). Entre as condições predisponentes é importante citar ainda a idade avançada e os pacientes com anormalidade genética do sistema de coagulação.

A TVP pode ser de extrema gravidade na fase aguda, causando embolias pulmonares muitas vezes fatais (embolia pulmonar é causada pela fragmentação dos coágulos e a migração destes até os pulmões)⚠
 
A TVP é, muitas vezes, assintomática. O diagnóstico clínico pode ser difícil. O exame mais utilizado para o diagnóstico da TVP é o Ultrassom Doppler.

Os especialistas em Angiologia e Cirurgia Vascular estão preparados para avaliar se você é um paciente de risco, fazer o diagnóstico e optar pelo melhor tratamento para o seu caso.

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Aterosclerose. É possível prevenir?

Por Dra. Laís Palitot M.C. Carmo

Angiologista e Cirurgiã Vascular

A aterosclerose é a principal causa de morte no mundo ocidental. É caracterizada pelo depósito de placas de gordura, cálcio e outros elementos na parede das artérias, reduzindo seu calibre e trazendo um déficit sangüíneo aos tecidos irrigados por elas. Seu desenvolvimento é lento e progressivo, e é necessário haver uma obstrução arterial significativa para que surjam os primeiros sintomas isquêmicos (sintomas derivados da falta de sangue)

A aterosclerose é uma doença sistêmica, acometendo simultaneamente diversas artérias do ser humano. O quadro clínico apresentado pelo paciente vai depender de qual artéria está mais significativamente obstruída: Caso sejam as coronárias (artérias do coração), se produzirá a dor cardíaca durante o esforço - angina de peito - na evolução crônica ou o infarto na evolução aguda.
Nas carótidas (artérias do pescoço) se produzirão perturbações visuais, paralisias transitórias e desmaios na evolução crônica ou o derrame (acidente vascular encefálico) na evolução aguda.
Artérias ilíacas e femorais (artérias de membros inferiores) se produzirão claudicação intermitente (dor nas pernas ao caminhar), queda de pêlos, atrofias da pele, unhas e musculares, e até mesmo impotência coeundi (dificuldade de ereção peniana) nos casos crônicos e gangrena nos casos agudos
Artérias renais: pode causar quadro de pressão alta de difícil controle (hipertensão renovascular) e até mesmo insuficiência renal.

 

Artérias viscerais: pode causar diarréia, náuseas e perda de peso.

Fatores de risco:

  • Idade

  • sexo masculino

  • Hiperlipidemia: Indivíduos que têm altos níveis de gorduras circulantes no sangue

  • Tabagismo

  • Hipertensão

  • Sedentarismo

  • Antecedentes familiares


Para interromper o desenvolvimento da aterosclerose, o tratamento inclui mudanças no estilo de vida e utilização de medicamentos específicos que evitam a obstrução completa dos vasos.O tratamento cirúrgico é indicado somente nos casos avançados.

Melhor que tratar é evitar o aparecimento da doença. Isso pode ser alcançado com uma dieta alimentar equilibrada, não fumando e praticando regularmente exercícios físicos.

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